segunda-feira, 28 de julho de 2014

O DESENVOLVIMENTO DO PODER PESSOAL

AS MENTES CONSCIENTE E SUBCONSCIENTE

O requisito mais importante para alcançar a saúde psicológica e espiritual é aprender a tomar posse de seu poder pessoal.


     O ASPECTO INTELIGENTE DA MENTE SUBCONSCIENTE

A função básica da mente subconsciente é armazenar informações. Ela é o armazém e o banco de dados de todos os seus pensamentos, sentimentos, ima­ginações, hábitos, impulsos e desejos. Desde a mais tenra infância você vem recebendo programas de seus pais, avós, colegas, professores, sacerdotes, pa­rentes e programas de televisão.
Nas crianças, a mente racional ainda não se desenvolveu o bastante para conseguir discriminar e assim proteger a pessoa das programações negativas. As crianças são totalmente abertas, e a mente sub­consciente pode ser preenchida com venenos mentais, pensamentos equivoca­dos e crenças distorcidas.
Deveríamos evitar programar a mente da criança com: a palavra “Diabo”, Coisa ruim”, você é o “Diabo em pessoa” , “não faça isso - você vai para o inferno”,” Deus vai te castigar e você nunca será feliz” – assim você coloca “ diabo” na mente da criança.
O diabo ou o demônio é um símbolo muito forte,  a criança não tem defesas para lidar com ele,  esta semente  “cresce” simbolicamente na mente da criança no mundo da dualidade , sem a imagem de Deus que protege desta energia, ou figura vingativa, cruel.  Não coloque o "diabo" na cabeça da criança, ele  vive na sua mente.
Ensine ao seu filho que Deus é Graça e nunca “castigo” e punição.
A criança precisa aprender a respeitar os dez mandamentos, por amor a Deus, à sua infinita Graça que ele representa e não  por medo da punição e da exclusão.
A criança cresce e na adolescência  entra em depressão e não sabe lidar com os instintos naturais que afloram e não sabe canalizar essa energia para o bem.
Quando a mente da criança está envenenada ele pode achar que ela  é Má, que merece sofrer e que nunca será bom, e que merece ser destruído ou destruir. As drogas aliviam no início este sofrimento, e por isso muitos escolhem esse caminho decadente e punitivo.
 Da mesma forma como o corpo pode acumular toxi­nas físicas com uma alimentação inadequada, assim também o subconsciente acumula toxinas mentais com uma programação e educação negativas. Dharmadhannya

      "A mente consciente é a racional, enquanto a mente subconsciente é a não-racional. A mente superconsciente é a onisciente.

 A mente consciente é o capitão do navio, o programador do computador, o que toma as decisões, o jardineiro. Se a mente consciente é o capitão, então a subconsciente é o marujo que fica no convés, e obedece a todas as ordens dadas pelo capitão. A mente subconsciente é o computador, ou o gravador da fita cassete.
    A mente subconsciente é o solo. Se a mente consciente é o jardineiro, então o jardineiro planta as sementes (pensamentos) e o solo faz crescer todo tipo de sementes plantada - erva daninha ou linda flor. 
A mente subconsciente armazena informações e obedece às ordens, sejam elas racionais ou irracionais. Ou seja, a mente subconsciente não se importa com nada, pois não tem absolutamente nenhuma capacidade de raciocínio.
A mente subconsciente é um paradoxo. Não tem capacidade de raciocínio, mas tem um número incrível de impressionantes possibilidades e aspectos inteligentes. A melhor metáfora para compreender isso é a do computador.
 O computador é um equipamento incrível, mas pouco importa se é programado para resolver a crise energética ou provocar uma guerra nuclear. O subconsciente faz tudo aquilo para que é programado, seja lá o que for. Um bom exemplo é a maneira como a mente subconsciente governa completamente o corpo físico. É possível provar isso pelos efeitos  das sugestões hipnóticas dadas a uma pessoa acerca de seu corpo.
A mente subconsciente tem a capacidade de gerar saúde perfeita ou provocar um câncer. Ela irá criar tudo aquilo que for programada para fazer.
Não podemos esquecer que trazemos para essa vida programações de vida passada, que se repetem. A memória atávica do subconsciente consegue ler os registros arquivados que foram programados em vidas passadas e que são codificados na mente do recém-nascido.
 Ninguém, conscientemente, programa um câncer, mas muitas pessoas, inconscientemente, programam a doença por meio do ódio a si mesmo, da autocomiseração, da vingança, da desistência e assim por diante.
 O ideal é dizer a si mesmo, ou à sua mente subconsciente, que você tem saúde perfeita, radiante, e que todo dia, em todos os aspectos, você está cada vez mais saudável.
   A mente subconsciente opera de modo independente da mente consciente. Funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano, esteja você dormindo ou acordado; e jamais se cansa. Está continuadamente fazendo aquilo que foi programada para fazer.
A mente subconsciente também cria a maior parte dos sonhos, embora haja ocasiões quando o superconsciente gera sonhos. O sonho é basicamente, um espelho da maneira como você pensa, sente e age durante a vida diária consci­ente. O sonho é como um jornal que você recebe toda noite, descrevendo a organização e dinâmica de suas energias internas.
A diferença entre os sonhos e um jornal de verdade é que os sonhos apare­cem na linguagem universal dos símbolos. Compreender os sonhos é compreen­der que cada parte do sonho é, na realidade, uma parte de você mesmo.
 Ao examinar as relações simbólicas, você pode desenvolver conhecimento intuitivo e compreensão a respeito dos padrões comportamentais que se manifestam na sua vida.
 O sonho é um processo automático que a mente subconsciente lhe apresenta como resposta. Essa resposta é essencial, pois é muito comum as pessoas manifestarem padrões sem ter consciência dessa manifestação.
A mente subconsciente também pode ser chamada de mente do hábito, pois armazena todos os hábitos, positivos e negativos. Muita gente acha que hábitos são sempre ruins. Isso não é verdade. Você só vai querer mudar os hábitos ruins criando ao mesmo tempo hábitos saudáveis.
Um bom exemplo disso é aprender a dirigir um carro de câmbio manual. No início é preciso grande dose de esforço consciente e força de vontade, mas logo as mudanças de marcha são feitas sem que você tenha de pensar nelas.
 Se você não tivesse uma mente subconsciente para armazenar as habilidades desenvolvi­das, as mudanças de marcha sempre iriam exigir muita atenção e concentração.
Há uma lei psicológica básica que diz que são necessários 21 dias para fir­mar um novo hábito na mente subconsciente. Você pode aprender algo num só dia, mas, para gravar o hábito a mente subconsciente precisa do período de 21 dias. 
Essa capacidade que a mente subconsciente tem de armazenar hábitos permite que você cresça continuamente, desenvolvendo novas capacidades sem se preocupar com as antigas.
A mente subconsciente é o campo onde opera a lei da atração.
Ela está continuamente atraindo algumas coisas para você e repelindo outras, de acordo com o programa instalado. Um mestre é alguém que usa essa lei para o benefí­cio próprio e consciente.
A questão do dinheiro e da prosperidade proporciona um bom exemplo. Se você tem gravada em sua mente subconsciente a crença de que jamais terá dinheiro, então certamente não o terá. Se, por outro lado, você acredita que terá dinheiro, sua mente subconsciente irá atrair as oportunidades e possibilida­des para tal. Tudo o que você deseja na vida você pode afirmar e visualizar na mente subconsciente, e esta irá atraí-lo e magnetizá-lo até você.
Carl Jung tratou disso quando falou do inconsciente coletivo. Sua mente subconsciente está interligada com todas as outras mentes subconscientes. É possível dizer que todos os filhos e filhas de Deus têm uma grande mente sub­consciente únicos.
A mente subconsciente também tem a capacidade de perceber radiações de energia. Você usa automaticamente essa capacidade na vida cotidiana. Isso pode ser usado especificamente em áreas como a rabdomancia para encontrar água, ou hidroscopia.
O subconsciente pode ser programado para encontrar qualquer substância física, não somente água. Pode sentir a radiação energética de qual­quer substância, desde que tenha sido programada para encontrá-la.
A mente subconsciente é também a sede das capacidades psíquicas. O subconsciente tem cinco sentidos internos, que funcionam como contrapartes mais sutis dos cinco sentidos externos: visão interna (clarividência), audição interna (clariaudiência), olfato interno, paladar interno e tato interno.
Enquanto está sonhando, você tem esses cinco sentidos à sua disposição. Mas como isso acontece, se você está dormindo? Ora, porque você usa os cinco sentidos internos da mente subconsciente. Você tem capacidades mediúnicas e pode desenvolvê-las ainda mais. É só uma questão de prática e treinamento apropriado, como acontece com qualquer capacidade exterior.

Dr. Joshua David Stone

terça-feira, 22 de julho de 2014

A SABEDORIA DO MESTRE YOGANANDA

"Você é uma centelha da Chama Eterna.
Você pode ocultar a centelha, mas jamais poderá destruí-la"



“A unidade das várias religiões só poderá se concretizar quando seus praticantes tornarem-se realmente conscientes de Deus dentro de si mesmos. Teremos, então, uma verdadeira fraternidade de homens sob a Paternidade de Deus”.
               
 “Não é pela concentração em dogmas que poderemos alcançar Deus, e sim pelo verdadeiro conhecimento da alma… Para mim, não existem judeus, cristãos ou hindus; todos são meus irmãos. Eu presto adoração em qualquer templo, pois todos foram construídos em honra de meu Pai”.

“Ao analisar o que você é, tenha o firme desejo de eliminar suas fraquezas e transformar-se no que deveria ser. Não se permita desanimar com imperfeições que são comumente reveladas através de uma auto-análise sincera”.

“Você agora está limitado; quando, porém, pela meditação diária e profunda, puder transferir sua consciência do finito para o Infinito, será livre. Você não se destina a ser prisioneiro do corpo. Você é filho de Deus e deve viver à altura dessa herança divina”.

“Não deixe que ninguém o chame de pecador. Que importância tem o que você foi ontem? Você é filho de Deus, agora e sempre”.

“A humanidade está engajada numa eterna busca por que ela acredita que alguma coisa além lhe trará felicidade, preenchimento e eternidade. Para aquelas almas que procuraram e acharam Deus, a busca terminou: Ele é aquela Alguma Coisa Além”.

“Quanto mais você disciplinar a mente, mais a terá sob controle. Uma criança mimada sofre horrores, até com um pequeno ferimento; outra, espartanamente educada, mal se assusta diante de uma lesão séria”.

“Para mim não existe diferença entre uma pessoa e outra; eu vejo tudo como reflexões da alma de um único Deus. Não consigo imaginar ninguém como um estranho, pois sei que somos todos parte de um Espírito Único”.

“Somente você é responsável por si mesmo. Ninguém mais pode responder por seus deveres quando o ajuste final chegar. O seu trabalho no mundo – na esfera onde o seu karma, sua própria atividade passada, colocou você – pode ser realizado somente por uma pessoa: você mesmo. E o seu trabalho pode ser denominado um “sucesso” somente quando, de alguma maneira, servir aos seus semelhantes”.

“Assim como você não pode transmitir uma mensagem através de um microfone danificado, também não poderá enviar preces ao Pai Celestial através de um microfone mental que esteja desarmonizado pela inquietação. É através da profunda tranqüilidade que você pode consertar seu microfone mental, aumentando a receptividade de sua intuição. Aí então você será capaz de efetivamente irradiar para Ele e receber as Suas respostas”.

“Tanto os bons quanto os maus hábitos precisam de tempo para adquirir força. Maus hábitos poderosos poderão ser destituídos pelos bons hábitos opostos se estes forem pacientemente cultivados”.

A renúncia é o sábio caminho trilhado pelo devoto que voluntariamente troca o menor pelo maior. Ele desdenha dos transitórios prazeres sensoriais pela posse das alegrias eternas. A renúncia não é um fim em si mesmo, mas prepara o terreno para o florescimento das qualidades da alma”.

“Às vezes estudantes me dizem: “Tal pessoa está fazendo melhor progresso espiritual do que eu. Por quê?” Eu respondo: ‘Ela sabe escutar”.

“A felicidade que as pessoas procuram neste mundo não dura muito. A Alegria Divina é eterna. Anseie pelo que é duradouro, e seja firme em rejeitar os impermanentes prazeres desta vida. Você precisa ser assim. Não deixe que este mundo o controle. Nunca se esqueça que o Senhor é a única realidade… Sua verdadeira felicidade está na sua experiência dEle”.
                                                                                                                                                    
“Embora você tenha que estar no mundo, não seja do mundo. Os verdadeiros iogues podem falar e se misturar com as pessoas, contudo suas mentes estão sempre absortas em Deus”.

“Deus provou que quando Ele está comigo todas as ‘necessidades da vida’ tornam-se desnecessárias. Nesse estado de consciência tu te tornas mais saudável do que a maioria das pessoas, mais alegre, mais próspero sob todos os aspectos. Não procure as pequeninas coisas, elas te desviarão de Deus. Começa imediatamente as tuas experiências: simplifica a vida e sê um rei”.

“O homem que está sempre inquieto e nunca medita acredita que com ele está “tudo bem”, porque ele se acostumou a ser um escravo dos sentidos. Ele só perceberá sua verdadeira condição quando nele despertar um desejo espiritual e ele tentar meditar e se acalmar; então, naturalmente, ele encontrará uma feroz resistência por parte dos maus hábitos de inconstância mental”.

“É melhor viver no inferno na companhia de um homem sábio e de fala áspera do que habitar o paraíso com dez mentirosos de lábios doces! Tolos transformam um paraíso no inferno, ao passo que um homem sábio transforma qualquer inferno num paraíso”.

“Hábitos de pensamentos são ímãs mentais que atraem para você certas coisas, pessoas e condições. Enfraqueça um mau hábito, evitando tudo aquilo que o ocasionou ou que o estimulou, sem no entanto se concentrar nele, no seu fervor por evitá-lo. Então, desvie sua mente para algum bom hábito e, firmemente, cultive-o até que ele torne-se parte de você”.

“A mente é a criadora de Tudo. Portanto, você deve guiá-la para criar apenas o bem. Se você se apega a um certo pensamento com força de vontade dinâmica, este finalmente adquire uma forma exterior tangível”.

“Um segredo para o progresso é a auto-análise. A introspecção é um espelho no qual se vê os recônditos da mente que, de outra forma, permaneceriam ocultos. Faça o diagnóstico de suas falhas e separe as suas boas e más tendências. Analise o que você é, o que deseja tornar-se e quais são as fraquezas que estão obstruindo o seu progresso”.

“A pesquisa interior não tarda em mostrar uma unidade em todas as mentes humanas: o forte parentesco dos motivos egoístas. Pelo menos nesse sentido, revela-se a fraternidade dos homens”.

“Quando afinal encontrei meu mestre, ele me ensinou, pela sublimidade do exemplo, apenas, a magnitude de um verdadeiro homem”.


segunda-feira, 14 de julho de 2014

PROCESSO CÁRMICO E DOENÇA



PROCESSO CÁRMICO E DOENÇA

"Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem enfraquece-me, porque sou parte da humanidade. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti." (John Donne, poeta inglês – 1572 a 1631)

PROCESSO CÁRMICO, REENCARNAÇÃO E DOENÇA

Nascido há cinco mil anos, o Hinduísmo, a mais antiga religião que se tem notícia, é um conjunto de doutrinas, tradições, mitos e práticas religiosas pertencentes a povos diferentes que se instalaram na Índia, no vale do rio Ganges, durante o segundo milênio antes de Cristo. Seus seguidores o chamam de “Religião Eterna”, porque dele não se conhece nenhum fundador. Suas tradições, transmitidas oralmente por centenas de anos, passaram a ser registradas a partir de 1500 a.C. nos quatro livros dos Vedas. O conceito geral hinduísta é que “espíritos” (seriam as partes imortais dos seres) originaram-se do Ser Supremo e, essencialmente, permanecem idênticos a Ele. Algumas vezes as almas podem se “esquecer” de suas origens, confundirem-se e se entorpecerem, falhando no que é considerado o “caminho”. Mas gradualmente, por meio de outras experiências, ao longo de sucessivas encarnações, as almas percebem para onde devem retornar e o que devem fazer. Um dos princípios da religião hinduísta é o “Princípio do Carma”, o qual significa ação e consequência – causa e efeito.

Inicialmente, para entender esse conceito, é necessário compreender o que é reencarnação: retornar muitas vezes a um corpo humano. Pode ser uma doutrina religiosa, uma convicção revelada ou uma experiência: memórias espontâneas ou regressões induzidas.

São definições alternativas: metamorfose, palingênese, transanimação, transcorporação, transmigração. Segundo Hans TenDam (psicólogo holandês) os termos mais comuns são:

Reencarnação: a palavra “reencarnação” vem do grego e significa “tornar-se carne outra vez”: o ser humano morre e reencarna no corpo de outro ser humano (Hinduísmo, Sufismo, Drusos);

Metempsicose: ser humano morre e pode renascer como homem, animal ou planta e vice versa (Jainismo – surgiu no século VI a. C., criado pelo príncipe indiano Nataputa Vardamana (cerca de 599 a 537 a.C.);

Transmigração: desenvolvimento de mineral para planta; de planta para animal; de animal para humano; de humano para formas superiores. (Segundo a Escola Pitagórica, século VI a. C., a habilidade de recordar vidas passadas era tida como uma dádiva do deus Hermes. Após uma longa série de encarnações vegetais e animais seria possível retornar como humano. Pitágoras, filósofo e matemático grego nascido por volta do ano 580 a.C., ensinava a reencarnação, seguindo, além de outros, os fenícios, os caldeus e os egípcios. Pitágoras dizia que a alma era imortal e, que depois da morte do corpo, ela ocuparia outro corpo, às vezes, de um animal. Foi a primeira vez que a Teoria da Reencarnação foi mencionada no Ocidente; Teosofia: em 1875, graças ao esforço conjunto da ucraniana Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891) e do americano Henry Steel Olcott (1832-1907), nasceu, em Nova York, a Sociedade Teosófica. Mais tarde sua sede foi transferida para Adyar na Índia. Segundo a Teosofia, reencarnação é um processo que se aplicaria a toda forma de vida e a todos os seus organismos. A rosa que morre, voltaria à sua subdivisão da alma grupo das rosáceas e depois reencarnaria sob a forma de outra rosa; um cão, tornaria à sua alma grupo canino depois de morto, e mais tarde reencarnaria numa outra ninhada, como outro cãozinho. Atualmente há autores, que afirmam que animais domésticos já possuiriam alma individual e que qualquer animal poderia reencarnar em corpos de diferentes espécies de animais).

Reencarnação, metempsicose e transmigração são conceitos que estão presentes em várias religiões.

Além do Hinduísmo, do Jainismo, e do Budismo (surgiu no século VI a. C., fundado por Siddharta Gautama, o Buda - 563-483 a.C.), do Espiritismo e da Teosofia, religiões que pregam a doutrina da pluralidade de existências, o século XX marcou o surgimento e a expansão de várias outras religiões com fundamentos reencarnacionistas.

Reencarnação e carma seriam conceitos puramente religiosos e/ou místicos? Por enquanto sim – ainda não há provas “científicas” que respaldem esses princípios. De uma forma geral, a ciência moderna estuda o homem sem fazer referências a uma alma imaterial, uma vez que, ainda não poderia ser observada nem medida, com os atuais recursos da ciência.

Entre as tentativas de dar uma base “científica” a essas crenças, estão os estudos do Dr. Ian Stevenson, médico psiquiatra canadense (1918-2007), catedrático de neurologia e psiquiatria na Universidade de Virgínia, EUA, que conduziu um estudo sobre a reencarnação nos Estados Unidos até a sua morte, em 2007. Stevenson fundou a “Divisão de Estudos da Personalidade” no “Departamento de Psiquiatria e Ciências Neuro Comportamentais” da “Universidade da Virgínia”. Esse laboratório, que mais tarde tornou-se conhecido como a “Divisão de Estudos Perceptivos”, é especializado em examinar crianças que se “lembram” de vidas passadas, aparições e comunicações pós morte, visões no leito de morte, etc. Ian Stevenson foi a maior autoridade mundial no estudo da reencarnação com o que mais se aproximou de um método científico. Não conseguiu provar peremptoriamente a reencarnação, mas as descobertas que fez, o imenso acervo de casos que sugerem reencarnação que acumulou, fizeram-no chegar perto das provas definitivas. Ele sempre respeitou as críticas de céticos ao seu trabalho, e usava as críticas para aperfeiçoá-lo.

No Mundo Ocidental são essas as duas fontes dominantes que fornecem dados em relação à reencarnação: a ciência e a religião.

Os cientistas da ciência newtoniana-cartesiana elaboraram um conjunto de teorias baseando-se em fenômenos observáveis, confirmados por testes. Assim, segundo a ciência, realidade é aquilo que pode ser observado como tal, podendo ser comprovada por meio de testes físicos. A força propulsora por trás dessa ciência é a busca do conhecimento – com o conhecimento virá a compreensão. O paradigma newtoniano-cartesiano de explicação da realidade tem dominado a ciência ocidental nos últimos trezentos anos. Suas principais características são: mecanicismo (concepção do Universo como uma máquina, sujeito a leis matemáticas); empirismo (o conhecimento deve acontecer apenas a partir de fatos concretos, passíveis de serem percebidos pelos sentidos e passíveis de medição); determinismo (uma vez conhecidas as leis que causam os fenômenos, é preciso determinar com precisão a sua evolução) e fragmentação (decomposição do objeto de estudo em suas partes componentes).

Religião e ensinamentos místicos: aqui, as idéias têm sido construídas sobre séculos de crenças humanas, sentimentos, pensamentos e dogmas sem necessidade de serem observados pelos sentidos ou comprovadas por testes. Na maioria dos casos, a validade dos ensinamentos do líder e os principios dos seguidores são aceitos como verdadeiros, porque os adeptos religiosos acreditam que esses ensinamentos foram obra da inspiração divina.

A força propulsora por trás da religião é a fé. Onde a ciência busca conhecimento a religião busca fidelidade aos dogmas.

No século XIX aconteceu uma divisão geral de territórios: o “material” coube à ciência e o “espitirual” à religião e aos filósofos. E a reencarnação? A reencarnação permanece numa terra de ninguém, mesmo essas idéias sendo encontradas em diversas culturas, e em todo o mundo: nas culturas primitivas, religiões orientais, culturas clássicas – reencarnação continua sendo matéria da fé.

Na primeira metade do século XX a Física começou a mudar. Ocorreu uma revolução com as Teorias de Einstein e da Física Quântica, que abalaram as estruturas do Mecanicismo, com modificações profundas e importantes para o conhecimento humano. Essa revolução ainda está em curso não somente na Física, mas também em outras ciências, como na Biologia.

É interessante observar que o conhecimento ocultista se adiantou à Física: há cento e vinte anos atrás, Helena Blavatsky afirmou: “um bloco de matéria ou de pedra está imóvel e é impenetrável em todos os sentidos. Não obstante, e de fato, as suas partículas estão animadas de um movimento vibratório incessante, eterno, tão rápido que, para o olho físico, o objeto parece em absoluto desprovido de movimento; e a distância daquelas partículas entre si, no seu movimento vibratório, é tão grande (vista de outro plano de existência e percepção) como a que separa flocos de neve ou gotas de chuva. Mas, para a ciência física, isto será um absurdo” Helena Blavatsky também escreveu: “Segundo os ensinamentos esotéricos, o espaço e o tempo são uma só coisa”. Quantos anos depois o conceito de espaço-tempo (e não, espaço e tempo) veio a fazer parte do estudo dos cientistas?

Assim, muitas vezes, os Conhecimentos Místicos, se anteciparam às constatações da ciência.

CARMA E DARMA

que as ações influem na qualidade da presente vida e nas futuras. Boas ações criariam um bom carma e más ações, um carma negativo. Há um conceito universal de moral, que consiste em não fazer ao próximo o que não se quer para si, mas não só isso: há o conceito de pró atividade – fazer ao próximo o que se quer para si. Carma colocaria em ação esses conceitos universais.

Os efeitos do carma poderiam se manifestar imediatamente, no final da vida ou após muitas vidas. Algumas religiões entendem o carma como a lei que rege a reencarnação. Outras acreditam que o carma é algo particular, que acompanharia a alma e precisaria ser removido através de atos de devoção.

Carma = débitos
Darma = créditos

O carma não seria um castigo, uma punição, mas sim aprendizado. Carma seriam os esquemas repetitivos, os padrões que fariam o indivíduo reviver os mesmos acontecimentos de uma vida para outra.

A Lei do Carma, no aspecto místico e religioso, é inseparável da Doutrina da Reencarnação, e uma não teria sentido sem a outra.

O carma deve ser entendido como uma “programação”, um código genético da alma, anterior ao nascimento. Compreendendo seu “carma” o indivíduo se libertaria de seu “sofrimento”.

Carma é, originalmente, ação. Posteriormente seriam as consequências da ação ao longo das vidas. As repercussões ou responsabilidades assumidas em vidas passadas poderiam consistir em efeitos somáticos (pode haver uma memória do corpo que o inconsciente transportaria de uma vida para outra) diretos e indiretos, em reações psicológicas negativas e incompletas, em dificuldades e débitos aceitos voluntariamente.

Darma = os trunfos. Talentos e forças transpostos de vidas passadas. É o oposto de carma.

Algumas vezes o darma seria transposto involuntariamente e, outras vezes, a alma encarnante escolheria transportá-lo em conformidade com o planejamento de vida e as encarnações nutridoras selecionadas para a vida vindoura.

Definição de carma por Morris Netherton (norte americano, Ph. D. em Psicologia, criador da TVP):
“Carma é um débito devido pela própria pessoa para ser “pago” pela própria pessoa num tempo que a pessoa decide, de uma maneira escolhida por ela mesma”.

O carma seria o princípio que liga certos efeitos às suas respectivas causas. As doenças poderiam ser efeitos destas causas.

SEGUNDO AS TRADIÇÕES ORIENTAIS, HÁ VÁRIOS TIPOS DE CARMA

Individual: quando diz respeito ao aprendizado pessoal. É o que cada um “sofre” individualmente, podendo esse aprendizado ser moral, físico, etc.. Por exemplo, no caso de uma doença. (mas nem todo acontecimento “ruim” é cármico, pois devido à inconsciência pode-se causar diretamente o próprio sofrimento. Ex: uma pessoa que come demais e tem uma indigestão).

Familiar: quando afeta toda a família. Quando toda a família vivencia em comum determinados fatos, sejam econômicos, morais, doenças, etc.. Por exemplo, no caso de um membro da família que é viciado em drogas. Isto leva repercussões a todos ao redor;
Regional: quando diz respeito a uma determinada região. Por exemplo, secas, tufões, terremotos, inundações ou outras adversidades climáticas que ocorrem em determinados lugares e regiões.

Nacional: é uma ampliação do carma regional. Países que são assolados por guerras, ditaduras, miséria, desastres naturais, fome, etc.. É o carma que foi criado pela população de um país. Os próprios governantes são resultado do carma da nação.

Mundial: quando diz respeito a toda humanidade. Guerras mundiais, escassez dos recursos naturais (como água potável), iminência de guerra nuclear, grandes desastres naturais, epidemias, etc.. As duas grandes guerras foram carma mundial.

Katância: é o carma mais rigoroso, que é aplicado aos Mestres que cometem erros. Katância é o carma superior para quem já havia se libertado de certas Leis Cármicas de Retribuição. É o carma dos iniciados, esoteristas, profetas verdadeiros ou alquimistas que se desviaram da realização da Grande Obra.

Kamaduro: termo sânscrito que indica um carma que não pode ser negociado. Envolve tudo que tenha saber espiritual - quem conhece o caminho espiritual e não o segue, torna-se devedor de kamaduro. É o carma relacionado a erros graves, assassinatos, torturas, etc. Esse tipo de carma não é negociável e quando é aplicado chega a seu final, que é sempre catastrófico. Leva-se a marca para sempre.

DOENÇAS

O que é doença? Numa definição muito simples, dada por alguns autores: é toda condição insalubre. Mas, mais que isso, doença seria uma desarmonia entre o espiritual, o mental e o físico.

Atualmente, considera-se que a interação de vários fatores pode influenciar a causa e o curso das doenças físicas: hereditariedade, estilo de vida, uso ou não de drogas, local onde a pessoa mora, ocupação, idade, personalidade e fatores emocionais. Logo, nem tudo que acontece com o indivíduo seria carma. Várias correntes budistas afirmam isso: Chögval Namkhai Norbu Rimpoche (1938) Mestre do Budismo Tibetano (ensinamentos Dzogchen) postula: “Há doenças devidas ao carma ou a condições prévias do indivíduo. Mas também há doenças geradas por energias que vêm de outros, de fora. E há doenças provocadas por causas provisionais, como alimentos ou outras combinações de circunstâncias. E há doenças devidas a acidentes. Assim, há todos os tipos de doenças ligadas ao ambiente”.

O carma seria um aprendizado, e poderia acontecer na forma de uma doença. Mas, nem todas as doenças seriam cármicas. As enfermidades cármicas seriam resultado de determinados atos e pensamentos ocorridos nas existências anteriores. As doenças cármicas desapareceriam quando o carma é quitado. A partir de sofrimentos aparentemente sem explicação poderia existir uma justiça macrocósmica, associando o efeito à causa.

A Lei da Ação e suas Conseqüências poderia ser corroborada pela Física Quântica? A Teoria Quântica é a teoria física que estuda sistemas físicos cujas dimensões são próximas ou abaixo da escala atômica, tais como moléculas, átomos, elétrons, prótons e outras partículas subatômicas, muito embora também possa descrever fenômenos macroscópicos – como os ensinamentos místicos sempre ensinaram: “o que está no alto é como o que está embaixo”.

Carma seria uma função integral complexa em que um conjunto de causas interage holograficamente para gerar um efeito. O carma seria a Lei da Interconexão Quântica, a “teia” que liga tudo a todos. Quanticamente estamos interconectados uns aos outros, aos animais, aos vegetais ao Planeta e por isso, qualquer mal ou bem que causemos será sentido por nós. O Modelo Holográfico sugere que todos os elementos estão intimamente ligados no Universo: mente e Universo são holográficos - em 1969, Karl Pribram (1877-1973, neurofisiologista da Universidade de Stanford), afirmou que o cérebro atua em interações, interpretando freqüências bioelétricas que o permeiam. Em 1971, David Bohm (1917-1994, físico americano), sugeriu que a organização do Universo é holográfica. Pribram e Bohm confirmaram a idéia de que o cérebro humano funciona holograficamente, coletando e interpretando informações provenientes de um Universo holográfico. De uma forma profunda, tudo no Universo está infinitamente interconectado. O Universo em si próprio é uma projeção holográfica, e nesse Universo holográfico até mesmo o tempo e o espaço deixam de ser considerados como fundamentais. O Universo no qual cada pessoa experimenta sua realidade é uma projeção de seus pensamentos, sentimentos, emoções, etc. O Universo de cada um é um estado de “ilusão” (“maya” hindu?) único, gerado em seu interior, embora se interconecte em ilusão com outros “Universos”.

Alguns físicos encontraram um paralelo entre a Física Quântica, a Milenar Sabedoria Oriental e os Ensinamentos Místicos: esses Conhecimentos consideram o carma e a reencarnação como leis naturais e matemáticas de evolução. Os próprios cientistas que chegaram a essas interpretações quânticas acabaram por se render à possibilidade da existência de uma causa maior, ou seja, a Divindade.

O carma, segundo Tradições Místicas, sendo uma lei natural de evolução, vai acontecer inexoravelmente, quer o indivíduo queira ou não – doença ou saúde perfeita poderiam ser carma. Quando um “mestre” fica doente, poderia estar “queimando” o carma de vidas passadas mais aceleradamente.

Chagdud Tulku Rimpoche (1930-2002), Mestre de Ensinamentos na Tradição Nyingma do Vairayana Tibetano, afirmou: “Se estou doente, me regozijo, porque minha não virtude está sendo purificada. Se estou bem, me regozijo, porque posso usar meu corpo, linguagem e mente para criar virtude”.

Uma pessoa que, conscientemente, queira “evoluir” (no sentido de tornar-se alguém “melhor”), poderia se “beneficiar”, emocional e espiritualmente, de uma doença crônica, de um braço quebrado ou de um revés econômico, aprendendo com os fatos, modificando-se profundamente. Então, por que não fazer um “vida após vida” nessa mesma vida, nessa mesma “encarnação”? Por que não considerar tudo que acontece como aprendizado, sendo ou não “carma”?

Os cientistas estão engajados na investigação matemática, física e filosófica de uma possível unidade elementar que fundamente o Universo diversificado. Seria útil considerar o aspecto unificador de uma entidade suprema consciente?

Será mesmo tão importante assim saber se a noção de “carma” está tomando a forma de investigação científica? Será que o conceito de “reencarnação” dependerá da explicação de que partículas subatômicas possuem o mesmo comportamento dos planetas, das galáxias? Até porque a Teoria Quântica, como qualquer outro ramo do conhecimento, tem seu próprio campo de atuação e pode ser limitada para explicar determinada categoria de fenômenos.

Talvez, para cada indivíduo, seja mais proveitoso considerar os aspectos unificadores de sua própria realidade consciente, unindo diferentes aspectos em uma visão integrada: passado, presente, erros, acertos, personalidade, saúde, doença, aprendizados. E o restante, placidamente, deixar que uma Entidade Universal Consciente, talvez a Superalma, alinhe e impulsione, permitindo que ocorram os princípios que unem o Universo a si mesmo.

Bibliografia: “A Doutrina Secreta”, de Helena Blavatsky – vol II (Obra em Seis Volumes – Editora Pensamento, 1973); “O Tao da Física”, de Fritjof Capra (Editora Cultrix, 1985); “Reencarnação e Imortalidade”, de Patrick Drouot (Editora Record, 1995); “O Universo Autoconsciente”, de Amit Goswami (Editora Rosa dos Ventos, 1998); “Vida Depois da Vida”, de Raymond Moody (Editora Nórdica, 1991); “Vida Passada: Uma Abordagem Psicoterápica”, de Morris Netherton (Summus Editorial, 1997); “Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação”, de Ian Stevenson (Editora Difusão Cultural, 1971); “Panorama sobre a Reencarnação”, de Hans Wolfgang TenDam (Obra em Dois Volumes – Summus Editorial, 1994); “Cura Profunda”, de Hans Wolfgang TenDam (Summus Editorial, 1997); “Muitas Vidas Muitos Mestres”, de Brian Weiss (Editora Sextante, 1998); Internet – Google.

Martha Follain

Formação em Direito, Neurolingüística (Master Practitioner), Hipnose, Regressão, Terapia Ortomolecular, Terapia Floral (sistemas Bach e Minas) Fitoterapia Brasileira, Reiki, Cristalterapia e Aromaterapia. 

sábado, 12 de julho de 2014

OS ANJOS NOS ENVIAM SINAIS...


com Sharon Taphorn

Sempre que tiver que tomar uma decisão, quando estiver lutando com um problema, ou se sentir desorientado ou sozinho, peça aos seus anjos para ajudá-lo a dissipar as trevas e trazer a luz da compreensão, do amor e da força.

Peça aos seus anjos para ajudá-lo a intensificar a sua compreensão e lhe revelar a sabedoria, as ações e palavras certas, e o que é apropriado e adequado para você. Confie no resultado.

A orientação vem de muitas formas, assim esteja aberto a como ela se apresenta através de você. Poderia ser um lampejo súbito de insight ou de compreensão, sonhos, imagens ou palavras. Pode vir através de um livro, de um jornal, uma música ou até mesmo uma propaganda.

Confie que o seu próprio espírito irá encontrar uma maneira e que você saberá, sem sombra de dúvida, que ela veio do espírito e é a sua dádiva de iluminação, de compreensão e do despertar.

Faça um passeio na natureza, fique em silêncio e se conecte com a unidade de toda a criação.
O lar habita dentro do seu coração sagrado.

Afirmação:
 “Conecto-me com a unidade de toda a Criação que está dentro de mim,
e confio que é onde irei encontrar a orientação e a sabedoria que eu busco.”

E assim é.

Você é muito amado e apoiado, sempre


Os Anjos e Guias
Contribuição Cris Kauer

terça-feira, 8 de julho de 2014

BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES (LADO OCULTO)


Talvez por Walt Disney ser um maçom, ele escolheu esse conto com muito carinho.
Branca de Neve representa o ser iniciado, que nasce na terra. Três mulheres são representadas neste conto, a primeira a sua mãe, que morreu quando ela nasceu, levando com ela todo o passado, todas as lembranças, que representa o esquecimento quando descemos a esse plano, nosso passado anterior.
Ela assume o presente a ser vivido, a sua nova encarnação, e sua Madrasta representa o futuro, o desafio, as provas pelas quais terá que passar.
O espelho representa a consciência, na medida em que o tempo passa, e o corpo físico se degrada, esse confronto é inevitável: “Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu” – O espelho sempre responderá VOCÊ ONTEM, porque hoje estou mais velho, e amanhã ainda mais.
A Madrasta resolve mandar matar Branca de Neve, quer o seu coração, como prova da morte da pureza, da inocência, e Branca de Neve então foge pela floresta, porque se ficasse no seu castelo, não descobriria seu interior.
Daí começa a iniciação, pois a floresta representa o INTERIOR de cada ser. Neste caminho ela vai encontrar todos os elementos da natureza, e lidar com suas energias, representados pelos SETE ANÕES.
Os anões são os centros vitais de forças, os CHAKRAS.
O Mestre representa o Coronário, ele é o chefe, a consciência espiritual;
O Zangado representa o Frontal, pois ele é racional, se baseia na lógica do intelecto e no raciocínio;
O Feliz representa o Laríngeo, é o mais gordinho, tem relação com as glândulas tireoide, é comunicativo, alegre;

O Dengoso representa o Cardíaco, é sentimental, emotivo, chorão, apaixonado;
O Soneca representa o Umbilical, o plexo solar, representa o inconsciente, instinto primitivo, o sono, emoções inferiores;
O Atchim representa o Esplênico (sexual), é o chakra responsável pelo filtro das energias nos órgãos sexuais, também responsável pelas alergias e ansiedades:
O Dunga que representa o chakra rádico, básico, raiz, representado pela inocência, pelo principio, o menino, o inicio da coluna vertebral, é o chakra dos instintos.
Na relação da história, Dunga foi o primeiro a ver Branca de Neve. Nota-se no conto que o Mestre é quem lapida as pedras preciosas. O Mestre confunde as palavras quando fica nervoso, é uma das características do Chacra Coronário que, quando está desequilibrado, gera confusão das ideias.
A Branca de Neve conquista os Sete Anões, e domina os sete chacras.
O sete é também por excelência o número vibracional da mudança. Isso atrai para si, um confronto derradeiro, o lado negro surge trazendo o desafio crucial do interior.
A bruxa representa esse lado negro, oculto, essa força inconsciente. A maça o CONHECIMENTO. Provar o conhecimento significa morrer, dentro do esoterismo isso significa a MORTE INICIÁTICA. Os anões a colocam num caixão de vidro, significando que ela está presa em si mesmo.
Surge então o Cavaleiro, uma figura até então indiferente na história, ele significa a energia Yang masculina, a PINGALA, a energia Kundalini positiva, a ação, fazendo uma analogia com o Tarô, o cavaleiro é o Carro, o caminho, a carta número 7, símbolo do fogo.
O beijo é o encontro da energia branca da Kundalini, yin negativa (Lua), energia feminina chamada de IDA, que somada à energia do fogo (Sol), provoca O DESPERTAR, a ascensão, a transcendência, conquista de si próprio, que se ergue e se torna INTEGRAL.

Assim fica concluída a história da saga humana: um horizonte de luz, em um castelo nas nuvens. Um arco íris com um pote de ouro no final.
Hermetismo.