terça-feira, 30 de agosto de 2011

ATITUDES QUE DRENAM A VONTADE DE VIVER


1. Pensamentos obsessivos - Pensar gasta energia, e todos nós sabemos disso. Ficar remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho físico. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos - mal comum ao homem ocidental, torna-se escravo da mente e acaba gastando a energia que poderia ser convertida em atitudes concretas, além de alimentar ainda mais os conflitos. Não basta estar atento ao volume de pensamentos, é preciso prestar atenção à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos e elevados podem recarregar as baterias, enquanto o pessimismo consome  e atrai mais negatividade para nossas vidas.

2. Sentimentos tóxicos - Choques emocionais e raiva intensa também esgotam as baterias, assim como ressentimentos e mágoas nutridos durante anos seguidos. Não é à toa que muitas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas. Isso acontece quando a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade é gasta na manutenção de sentimentos negativos. Medo e culpa também gastam energia, e a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos, como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a auto-estima, a alegria e o bom-humor recarregam as baterias e dão força para empreender nossos projetos e superar os obstáculos.

3. Maus hábitos - falta de cuidado com o corpo - Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos e o lazer são sempre colocados em segundo plano. A rotina corrida e a competitividade fazem com que haja negligência em relação a aspectos básicos para a manutenção da saúde .

4. Fugir do presente - As energias são colocadas onde a atenção é focada. O homem tem a tendência de achar que no passado as coisas eram mais fáceis: “bons tempos aqueles!”, costumam dizer. Tanto os saudosistas, que se apegam às lembranças do passado, quanto aqueles que não conseguem esquecer os traumas, colocam seus pensamentos no passado. Por outro lado, os sonhadores ou as pessoas que vivem esperando pelo futuro, depositando nele sua felicidade e realização, deixam pouca ou nenhuma energia no presente. E é apenas no presente que podemos construir nossas vidas.

5. Falta de perdão - Perdoar significa soltar ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar o que aconteceu e olhar para frente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos, gastando menos energia ao alimentar as feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres, abertos para a felicidade. Quem não sabe perdoar os outros e si mesmo, fica ”energeticamente obeso”, carregando fardos passados.

6. Mentira pessoal - Todos mentem ao longo da vida, mas para sustentar as mentiras muita energia é gasta. Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos: a mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, o mártir e o intelectual. Quando somos nós mesmos, a vida flui e tudo acontece com pouquíssimo esforço.

7. Viver a vida do outro - Ninguém vive só e, por meio dos relacionamentos interpessoais, evoluímos e nos realizamos, mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer também nossa individualidade. Esse equilíbrio nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único prêmio, nesse caso, é a frustração.

8. Bagunça e projetos inacabados - A bagunça afeta muito as pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque legal quando a vida anda confusa é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa e os documentos, além de fazer uma faxina no que está sujo. À medida em que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem nossa mente e coração. Pode não resolver o problema, mas dá alívio. Não terminar as tarefas é outro “escape” de energia. Todas as vezes que você vê, por exemplo, aquele trabalho que não concluiu, ele lhe “diz” inconscientemente: “você não me terminou! Você não me terminou!” Isso gasta uma energia tremenda. Ou você a termina ou livre-se dela e assuma que não vai concluir o trabalho. O importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do auto-conhecimento, da disciplina e da terminação farão com que você não invista em projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão seu tempo

9. Afastamento da natureza - A natureza, nossa maior fonte de alimento energético, também nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energia. A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais.


rede.aquariana.brasil - malilaster@gmail.com

sábado, 27 de agosto de 2011

O CARMA - Eckarte Tolle


Pergunta: Fala da Presença e do Ser como as chaves para desfrutar da forma e criar circunstâncias positivas ou circunstâncias mais atenuadas. Como se encaixa o carma em tudo isso?

E.T.: Todos nasceram num determinado ambiente externo. Do mesmo modo, todos nasceram com determinadas predisposições – podem ser parcialmente genéticas, podem ser outras coisas.

Por outras palavras, uma pessoa nasce com certos padrões. Não precisamos de examinar de onde é que eles vêm, mas o fato é que um ser humano nasce num determinado ambiente.

Pode ser violento ou pode ser relativamente pacífico. Uma pessoa nasce com padrões internos que herda. Até mesmo o corpo de dor é, em parte, herdado.
Existe todo um conjunto de condicionantes que acontecem quando entram num ambiente.

O ambiente condiciona mais e não existe escolha envolvida – são apenas influências.

Vocês encontram-se neste mundo com certos padrões inconscientes que se tornaram a condicionante de quem é a pessoa. O carma, tal como eu o vejo, é a condicionante inconsciente que gere a vossa vida. O carma é, em parte, coletivo e, em parte, pessoal.

Podem compreender o carma não como um tópico abstrato exterior a vocês,
podem apenas compreendê-lo observando-se a vocês mesmos e então saberão muitas outras coisas. Se querem compreender o carma, precisam de olhar para vocês mesmos.

Eu comecei a entender o carma quando alguma coisa que não fazia de todo parte do carma surgiu. Eis a chave – o surgimento da consciência, ou Presença, ou despertar espiritual, não é parte do carma. É outra dimensão que invade o reino cármico.

Vocês não se tornam despertos por acumularem, como se diz por vezes no Oriente,
“bom carma”. Isso está bem a este nível, podem tornar as paredes ou os móveis
da vossa prisão um pouco mais confortáveis, mas há algo completamente para lá do carma que entra na vossa vida num ponto qualquer.

O re-nascimento é, naturalmente, parte do carma. O significado mais profundo de re-nascer é a identificação com a forma. Não precisamos sequer de acreditar na transmigração, ou no que quer que seja, podem olhar para o re-nascimento na vossa própria vida. De cada vez que se identificam com um pensamento que surge, que é a forma, nascem para esse pensamento.

A vossa identidade, o vosso sentido do eu está nele. Isso é carma. O vosso carma é a identificação inconsciente com esses padrões que herdaram – o condicionado. É a identificação completa da consciência com os padrões condicionados. A consciência está a sonhar, podia-se dizer. É por isso que usamos a palavra “despertar” em muitas tradições espirituais. A consciência está a despertar, a consciência está como que num estado de sonho quando estão identificados
com os padrões inconscientes. Muitas vezes por dia, vocês re-nascem numa reação emocional ou mental nos pensamentos que surgem.

O carma cria, no exterior, a confirmação de que está correto. Assim, se pensam que o mundo está cheio de pessoas más, irão encontrar muitas pessoas más – por outras palavras, pessoas inconscientes. Mesmo as pessoas que estão a meio caminho entre serem conscientes e inconscientes, as suas crenças vão puxá-las para a inconsciência. O carma é a ausência completa da Presença consciente. É automático. Realiza-se a si próprio.

O tempo não os liberta do carma. Este é um mal entendido que, se vocês simplesmente gastarem tempo suficiente, podem ficar simplesmente livres do carma. O carma renova-se a si mesmo e repete-se a si mesmo. A única coisa que pode libertá-los do carma é o surgimento da Presença. A um ponto qualquer na roda do carma, a Presença pode entrar. Isso pode acontecer numa prisão, condenados à morte. Pode acontecer a alguém que nunca ouviu falar de nada espiritual. Pode acontecer a alguém que tem vindo a meditar durante 30 anos.

A Presença liberta-os do carma. Não de todo de uma vez. O carma tem um enorme ímpeto. Os padrões de pensamento, os padrões emocionais, os padrões reativos. À medida que a Presença surge, gradualmente o carma diminui e irão experimentar um desaparecimento desses padrões. Não que isso importe assim tanto já porque, uma vez que estão presentes, esses padrões podem ainda aparecer mas já não é problemático. Eles já não provocam o sofrimento que teriam causado antes porque são vistos à luz da consciência. À luz da consciência, os padrões já não dominam a vossa vida.

O corpo de dor faz parte do carma, que pode ser forte em alguns e nem tanto em outros. À medida que a Presença surge, vocês são libertados do carma. Então, vocês têm um outro elemento completamente diferente entrando na vossa vida. Por exemplo, para uma pessoa ficar livre do carma coletivo precisa que uma quantidade considerável de Presença entre. Ela então irá removê-lo internamente ou pode encontrá-lo em qualquer outro lugar.

Para uma pessoa que nasceu num grande carma coletivo, é necessária uma considerável Presença para não se ser atraído para ele. Quando Hitler entrou no poder, muitas pessoas não foram capazes de se retirar. Algumas foram, e partiram. Elas puderam ver o que estava a acontecer e foram suficientemente fortes para não se identificarem com o coletivo. Para se retirarem do carma coletivo é preciso uma considerável Presença – e algumas pessoas tinham-na. É o vosso destino, então, ultrapassarem o carma sendo os receptáculos para a Presença.

Todos os que estão a despertar irão achar, mais cedo ou mais tarde, que se tornam uma espécie de professores para os outros. O que um professor espiritual faz é realçar a possibilidade de despertar da identificação com os padrões inconscientes. Os professores espirituais ensinam-vos a irem para além do carma. Essa é a vossa função e irá tornar-se cada vez mais, quer vocês se tornem um professor formal ou um professor informal.

Despertar espiritual e deixar o carma são a mesma coisa. Muitas pessoas serão atraídas para vocês. Todos os que estão a passar por um processo de despertar são já professores. Ensinar significa acharem-se a escutar a partir da vastidão do espaço, quando alguém fala ou põe uma questão ou vos conta sobre os seus problemas.

Podem descobrir que a resposta surge dessa Quietude na qual vocês escutam.
Vocês não sentem “Agora vou ensinar esta pessoa”. Descobrirão que ensinar
é espontâneo. Ajudarão pessoas a saírem da identificação com a inconsciência,
o que significa ultrapassar o carma. Isto aplica-se a todos os que estão a despertar.
Enquanto ensinam, a Consciência torna-se alinhada com a vossa mente. A vossa
mente é capaz de se sintonizar com a Consciência mais profunda e pode ser
usada como um instrumento. Então, as palavras saem da vossa boca. Em última instância, existe apenas um único professor, a Consciência desperta é o professor.

Ela pode ensinar apenas aqueles em que existe um grau de prontidão. O ensinamento precisa de ser recebido. Se existir apenas uma densidade da mente, o ensinamento não acontecerá. Ficarão admirados quando as pessoas forem atraídas para vocês - pessoas que estão prontas – e achar-se-ão a dizer algo que nem sequer sabiam. É somente quando a questão é colocada que a Consciência responde.

À medida que ensinam, vocês aprendem. As perceções surgem. Ensinar e
aprender é o mesmo processo. Enquanto ensinam, tem lugar um aprofundamento.
Vocês estão aqui para ajudar as pessoas a ultrapassarem o carma.

A coisa importante a saber é que o tempo não vos liberta do carma. A mente
egóica diz “Eu preciso de mais tempo para me tornar livre”. As pessoas só podem precisar de mais tempo para perceberem que não precisam de tempo”.

Podem ser necessários outros vinte anos de sofrimento para perceberem que não precisam de tempo. Podem precisar de sofrer um pouco mais antes de perceberem o poder do intemporal. O intemporal é, claro, o fim do carma. 

© Direitos de Autor 2008 – 2011. Eckart Tolle. Todos os direitos reservados.
Tradução: Ana Belo anatbelo@hotmail.com

domingo, 21 de agosto de 2011

OS SETE CHACRAS




A palavra Chakra
vem do sânscrito.

Significa Rodas de Luz,
Centros de Luz.

Os Chakras são percebidos
como vórtices, redemoinhos
ou espirais de energia vital
girando em alta velocidade,

vibrando em pontos vitais
de nosso corpo.
Através dos Chakras
nosso corpo etéreo
se manifesta mais intensamente
no corpo físico.

Existem milhares de canais
ou rotas de energia vital no corpo humano.

Cada um destes Chakras ou canais
está em estreita correspondência
com nossas funções físicas, mentais,
vitais ou espirituais.

Num corpo saudável, 
todos esses espirais
giram a uma grande velocidade, 
permitindo que a energia flua para cima 
por intermédio do sistema endócrino. 

Se um desses espirais 
começa a diminuir a velocidade de rotação, 
o fluxo de energia fica inibido ou bloqueado 
resultando no desequilíbrio 
que leva à doenças e envelhecimento.


OS SETES CHAKRAS
1º Chakra - MULADHARA - Raiz ou Base
2º Chakra - SVADHISTHANA - Esplênico ou Baço
3º Chakra - MANIPURA - Plexo Solar ou Umbilical
4º Chakra - ANAHATA - Coração ou Cardíaco
5º Chakra - VISHUDDA - Garganta ou Laríngeo
6º Chakra - AJNA - Testa ou Frontal
7º Chakra - SAHASHARA - Cabeça ou Coroa


MULADHARA - Raiz ou Base
Localização: Base da Espinha Dorsal
Funções: Traz vitalidade para o corpo físico.

Qualidades Positivas
Coragem, Estabilidade, Individualidade, 
Paciência, Saúde, Sucesso e Segurança.

Qualidades Negativas
Insegurança, Raiva, Tensão e Violência.



SVADHISTHANA - Esplênico ou Baço
Localização: Abaixo do umbigo.
Funções: Força e vitalidade física.

Qualidades Positivas
Assimilação de novas idéias, Dar e Receber, Desejo,
Emoções, Mudanças, Prazer, Saúde e Tolerância.

Qualidades Negativas
Confusão, Ciúme, Impotência,
Problemas da bexiga e Problemas Sexuais.

O chakra Esplênico é responsável 
pela energização geral do organismo, 
e por ele penetram as energias cósmicas mais sutis,
que a seguir são distribuídas pelo corpo. 

Quando esse chakra é estimulado, 
propicia uma boa captação energética.


MANIPURA - Plexo Solar ou Umbilical
Localização: Zona da barriga.
Funções: Digestão, emoções e metabolismo.

Qualidades Positivas
Auto controle, Autoridade, Energia, Humor,
Imortalidade, Poder pessoal e Transformação.

Qualidades Negativas
Medo, Ódio, Problemas digestivos e Raiva.

O chakra Manipura localiza-se
na região do umbigo ou do plexo solar, 
e está relacionado com as emoções.

Quando muito energizado, 
indica que a pessoa é voltada 
para as emoções e prazeres imediatos.
Quando fraco sugere carência energética, 
baixo magnetismo, suscetibilidade emocional
e a possibilidade de doenças crônicas.


ANAHATA - Coração ou Cardíaco
Localização: Coração.
Funções: Energiza o sangue e o corpo físico.

Qualidades Positivas
Amor incondicional, Compaixão, 
Equilíbrio, Harmonia e Paz.

Qualidades Negativas
Desequilíbrio, Instabilidade emocional, 
Problemas de coração e circulação.

O chakra cardíaco relaciona-se 
principalmente com o timo e o coração. 
Sua energia corresponde ao amor e à devoção, 
como formas sutis e elevadas de emoção.

Quando ativado desenvolve 
todo o potencial para o amor altruísta. 

Quando enfraquecido indica
a necessidade de se libertar do egoísmo 
e de cultivar maior dedicação ao próximo. 


VISHUDDA ou Visuddha - Garganta ou Laríngeo
Localização: Na garganta.
Função: Despertar no homem os pensamentos
e emoções de natureza elevada.

Qualidades Positivas
Comunicação, Criatividade, Conhecimento,
Honestidade, Integração, Lealdade e Paz.

Qualidades Negativas
Depressão, Ignorância e Problemas na comunicação.

O chakra Vishudda fica na frente da garganta 
e está ligado à tireóide. 
Relaciona-se com a percepção mais sutil, 
com o entendimento e com a voz. 

Quando desenvolvido indica força de caráter, 
grande capacidade mental e discernimento. 
Em caso contrário, pode indicar doenças na tireóide
e fraquezas de diversas funções
físicas, psíquicas ou mentais.


AJNA - Testa ou Frontal
Localização: Na testa, entre as sobrancelhas.
Funções: Revitaliza sistema nervoso e a visão.

Qualidades Positivas
Concentração, Devoção, Intuição, Imaginação,
Realização da alma e Sabedoria.

Qualidades Negativas
Dores de cabeça, Falta de concentração, Medo,
Problema nos olhos, Pesadelos e Tensão.

O chakra Ajna situa-se 
no ponto entre as sobrancelhas.

Conhecido como "terceiro olho" 
na tradição hinduísta, está ligado 
à capacidade intuitiva e à percepção sutil. 

Quando bem desenvolvido, 
pode indicar uma pessoa sensitiva de alto grau. 
Enfraquecido aponta 
para um certo primitivismo psico-mental.

SAHASHARA - Cabeça ou Coroa
Localização: No topo da cabeça, bem no centro.
Funções: Revitaliza o cérebro.

Qualidades Positivas
Percepção além do tempo e do espaço. 
Abre a consciência para o infinito.

Qualidades Negativas
Alienação, Confusão, Depressão
e Falta de Inspiração.

O sétimo é mais importante dos chakras, 
situa-se no alto da cabeça e relaciona-se 
com o padrão energético global da pessoa. 

Através dele recebemos a luz divina. 

A tradição de coroar os reis fundamenta-se
no princípio da estimulação deste chakra, 
de modo a dinamizar a capacidade espiritual 
e a consciência superior do ser humano.

postado por Andrea Cortiano
portaldosanjos.ning.com

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

AS DROGAS E A ESPIRITUALIDADE


As Drogas e Suas Implicações Espirituais
                                                         Escrito por Xerxes Pessoa de Luna
Um dos problemas mais graves da sociedade humana, na atualidade, é o consumo indiscriminado, e cada vez mais crescente, das drogas, por parte não só dos adultos, mas também dos jovens e, lamentavelmente, até das crianças, principalmente nos centros urbanos das grandes cidades.

A situação é tão preocupante, que cientistas de várias partes do Planeta, reunidos, chegaram à seguinte conclusão:
 "Os viciados em drogas de hoje podem não só estar pondo em risco seu próprio corpo e sua mente, mas fazendo uma espécie de roleta genética, ao projetar sombras sobre os seus filhos e netos ainda não nascidos."

Diante de tal flagelo e de suas terríveis conseqüências, não poderia o Espiritismo, Doutrina comprometida com o crescimento integral da criatura humana na sua dimensão espírito-matéria, deixar de se associar àqueles segmentos da sociedade que trabalham pela preservação da vida e dos seus ideais superiores, em seus esforços de erradicação de tão terrível ameaça.

O efeito destruidor das drogas é tão intenso que extrapola os limites do organismo físico da criatura humana, alcançando e comprometendo, substancialmente, o equilíbrio e a própria saúde do seu corpo perispiritual. Tal situação, somada àquelas de natureza fisiológica, psíquica e espiritual, principalmente as relacionadas com as vinculações a entidades desencarnadas em desalinho, respondem, indubitavelmente, pelos sofrimentos, enfermidades e desajustes emocionais e sociais a que vemos submetidos os viciados em drogas.

Em instantes tão preocupantes da caminhada evolutiva do ser humano em nosso planeta, cabe a nós, espíritas, não só difundir as informações antidrogas que nos chegam do plano espiritual benfeitor que nos assiste, mas, acima de tudo, atender aos apelos velados que esses amigos espirituais nos enviam, com seus informes e relatos contrários ao uso indiscriminado das drogas, no sentido de envidarmos esforços mais concentrados e específicos no combate às drogas, quer no seu aspecto preventivo, quer no de assistência aos já atingidos pelo mal.

II - A Ação das Drogas no Perispírito
Revela-nos a ciência médica que a droga, ao penetrar no organismo físico do viciado, atinge o aparelho circulatório, o sangue, o sistema respiratório, o cérebro e as células, principalmente as neuroniais.

Na obra "Missionários da Luz" - André Luiz ( pág. 221 - Edição FEB), lemos: "O corpo perispiritual, que dá forma aos elementos celulares, está fortemente radicado no sangue. O sangue é elemento básico de equilíbrio do corpo perispiritual."

Em "Evolução em dois Mundos", o mesmo autor espiritual revela-nos que os neurônios guardam relação íntima com o perispírito.

Comparando as informações dessas obras com as da ciência médica, conclui-se que a agressão das drogas ao sangue e às células neuroniais também refletirá nas regiões correlatas do corpo perispiritual, em forma de lesões e deformações consideráveis que, em alguns casos, podem chegar até a comprometer a própria aparência humana do perispírito. Tal violência concorre até mesmo para o surgimento de um acentuado desequilíbrio do Espírito, uma vez que "o perispírito funciona, em relação a esse, como uma espécie de filtro na dosagem e adaptação das energias espirituais junto ao corpo físico e vice-versa.

Por vezes o consumo das drogas se faz tão excessivo, que as energias, oriundas do perispírito para o corpo físico, são bloqueadas no seu curso e retornam aos centros de força.

III - A Ação dos Espíritos Inferiores Junto ao Viciado

Esta ação pode ser percebida através das alterações no comportamento do viciado, dos danos adicionais ao seu organismo perispiritual, já tão agredido pelas drogas, e das conseqüências futuras e penosas que experimentará quando estiver na condição de espírito desencarnado, vinculado a regiões espirituais inferiores.

Sabemos que, após a desencarnação, o Espírito guarda, por certo tempo,
que pode ser longo ou curto, seus condicionamentos, tendências e vícios de encarnado.

 O Espírito de um viciado em drogas, por exemplo, em face do estado de dependência a que ainda se acha submetido, no outro lado da vida, sente o desejo e a necessidade de consumir a droga. Somente a forma de satisfazer seu desejo é que varia, já que a condição de desencarnado não lhe permite proceder como quando na carne.

   
 Como Espírito precisará vincular-se à mente de um viciado, de início, para transmitir-lhe seus anseios de consumo da droga, posteriormente, para saciar sua necessidade, valendo-se para tal do recurso da vampirização das emanações tóxicas impregnadas no perispírito do viciado, ou da inalação dessas mesmas emanações quando a droga estiver sendo consumida.

"O Espírito de um viciado em drogas, em face do estado de dependência a que se acha submetido, no outro lado da vida, sente o desejo e a necessidade de consumir a droga."

Essa sobrecarga mental, indevida, afeta tão seriamente o cérebro, a ponto de ter suas funções alteradas, com conseqüente queda no rendimento físico, intelectual e emocional do viciado.

 Segundo Emmanuel, "o viciado, ao alimentar o vício dessas entidades que a ele se apegam, para usufruir das mesmas inalações inebriantes, através de um processo de simbiose em níveis vibratórios, coleta em seu prejuízo as impregnações fluídicas maléficas daquelas, tornando-se enfermiço, triste, grosseiro, infeliz, preso à vontade de entidades inferiores, sem o domínio da consciência dos seus verdadeiros desejos".

IV - Contribuição do Centro Espírita no trabalho antidrogas desenvolvido pelos Benfeitores Espirituais

A Casa Espírita, como Pronto-Socorro espiritual, muito pode contribuir com os Espíritos Superiores, no trabalho de prevenção e auxílio às vítimas das drogas nos dois lados da vida.

Com certeza, essa contribuição poderia ocorrer através de medidas que, no dia-a-dia da Instituição, ensejassem:
a. Um incentivo cada vez mais constante às atividades de evangelização da infância e da juventude, principalmente com sua implantação, caso a Instituição ainda não tenha implantado.

b.  Estimular seus freqüentadores, em particular a família do viciado em tratamento, à prática do Evangelho no Lar.
Essas pequenas reuniões, quando realizadas com o devido envolvimento e sinceridade de propósitos, são fontes sublimes de socorro às entidades sofredoras, além, naturalmente, de concorrer para o estreitamento dos laços afetivos familiares, o que decerto estimulará o viciado, por exemplo, a perseverar no seu propósito de libertar-se das drogas ou a dar o primeiro passo nesse sentido.

c.   Preparar devidamente seu corpo mediúnico para o sublime exercício da mediunidade com Jesus, condição essencial ao socorro às vítimas das drogas, até mesmos as desencarnadas.

d.  No diálogo fraterno com o viciado e seus familiares, sejam-lhes colocados à disposição os recursos socorristas
     do tratamento espiritual: passe, desobsessão, água fluidificada e reforma íntima.

e. Criar, no trabalho assistencial da Casa, uma atividade que enseje o diálogo, a orientação,
     o acompanhamento e o esclarecimento, como fundamentação doutrinária, ao viciado e a seus familiares.

V - Conclusão

Diante dos fatos e dos acontecimentos que estão a envolver a criatura humana, enredada no vício das drogas, geradoras de tantas misérias morais, sociais, suicídios e loucuras, nós, espíritas, não podemos deixar de considerar essa realidade, nem tampouco deixar de concorrer para a erradicação desse terrível flagelo que hoje assola a Humanidade.

 Nesse sentido, urge que intensifiquemos e aprimoremos cada vez mais as ações de ordem preventiva e terapêutica, já em curso em nossas Instituições, e que, também, criemos outros mecanismos de ação mais específicos nesse campo,
sempre em sintonia com os ensinamentos do Espiritismo e seu propósito de bem concorrer para a ascensão espiritual da criatura humana às faixas superiores da vida.

(Reformador – Março/98)
Leia novos artigos no site da Revista Cristã de Espiritismo.

contribuição de Carmen Brugalli Schmitt

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

ACEITAÇÃO, FÁCIL OU DIFÍCIL ? Andre Lima


A mente costuma distorcer e nos fazer acreditar que agir da forma mais fácil que há é a mais difícil. Quando estamos passando por alguma situação que vemos como negativa, a reação mais difícil é a não-aceitação e a mais fácil é a aceitação. Mas não seria o contrário? Não. É que quando não aceitamos a situação, criamos uma resistência interior desconfortável que nos faz sofrer.

A não-aceitação é um brigar com uma realidade que já é. Nada pode ser mais difícil ou insano do que isso. Os momentos que se sucedem são do jeito que são. Muitos deles não tomam a forma que nós desejamos. Quando isso ocorre, surge um sofrimento interior ao qual chamamos de não-aceitação. As pessoas agem da maneira que agem, têm seu próprio comportamento e modo de pensar. E quando elas não agem conforme nós gostaríamos, surge também a não-aceitação.

Essa resistência não tem poder algum de mudar a situação exterior ou o comportamento de alguém. Mas, inconscientemente, é como se achássemos que nossas reclamações mentais e nosso desconforto interno fosse mudar algo.

A não-aceitação vem sendo praticada pela humanidade há milênios, por isso está bastante enraizada no inconsciente coletivo, moldando nossa forma de pensar, fazendo parecer que é algo natural. É comum agir dessa forma, mas não é saudável. Os níveis de aceitação variam de pessoa pra pessoa. Quanto mais uma determinada pessoa não aceita as coisas do jeito que são, mais ela sofre.

Precisamos, então, praticar a aceitação, de forma paciente e persistente, porque a nossa mente está viciada em resistir e causar sofrimento. Me pego muitas vezes por dia tendo pensamentos de não-aceitação que não mudam em nada a situação externa, mas que me trazem desconforto interior. Quando percebo, dou-me conta da insanidade que é esse tipo de pensamento e procuro abandoná-lo. Isso acontece desde pequenas coisas até eventos mais significativos.

Agora mesmo ao escrever esse texto, o cursor do computador às vezes muda sozinho de local e vai parar em outro local da página. Eu tenho que pegar o mouse, retornar para o ponto certo e corrigir o erro. Não sei porque meu computador faz isso sozinho. Automaticamente, surge uma irritação, que nada mais é do que uma resistência interior. Reclamações inconscientes do tipo "isso não deveria ter acontecido; droga, agora tenho que parar o texto e redigitar algumas coisas; não entendo porque isso acontece". No momento em que percebo, procuro simplesmente observar e soltar esse desconforto porque ele não muda em nada o que aconteceu nem o que eu tenho que fazer; causa-me apenas mal-estar.

O desconforto surge de forma automática pelo longo condicionamento mental que vem sendo passado de geração em geração. Mas isso não significa que não possa ser mudado. Com a prática, eu percebo que minha mente vem reclamando e resistindo menos. Cada vez mais rapidamente, consigo perceber e largar esses pensamentos de resistência. As vezes eu me deixo levar por eles mais do que poderia. O importante é continuar praticando sempre, e os progressos ocorrem certamente.

Quando alguém é antipático, grosseiro, ou age de uma forma contrária às nossas expectativas, o gatilho da não-aceitação é disparado em nós, gerando raiva, irritação e outros sentimentos. Outro dia, fui a uma padaria, dei um sonoro "boa tarde" mas a atendente do caixa não respondeu. Fez sua tarefa de forma automática a não me deu qualquer atenção. Estava com a cabeça em outro lugar. Rapidamente, surgem os pensamentos de irritação: "Nossa, que moça mal educada!". Percebi o que ocorreu, larguei o pensamento e fiquei em paz. Deixei a moça ser do jeito que ela é. Não briguei mais com o que aconteceu. Quando você aceita, é como se você se tornasse transparente e, assim, as ofensas e outras coisas que poderiam ser desagradáveis passam através de nós.

São exemplos simples, mas servem para qualquer tipo de situação. No meu caso, percebo que às vezes tenho mais facilidade em aceitar fatos considerados maiores dos que os pequenos. Certa vez, um motorista fez uma manobra maluca e acertou em cheio o meu carro, provocando um acidente que poderia ter sido grave. Muitos danos materiais, mas felizmente nenhum dano físico. O interessante é que quando isso ocorreu, saí do carro 100% em paz e fui até o carro do outro motorista para saber se ele estava bem. Fiz tudo que era possível ser feito, tomei as ações necessários, sem precisar da raiva, irritação, ou qualquer outro tipo de resistência interior.

Sempre que se fala sobre aceitação, algumas pessoas dizem que é ela a responsável pela falta de ação. Justificam que, quando você aceita algo, você fica passivo, não toma nenhuma atitude e permite, assim, que pessoas passem por cima dos seus direitos e dos direitos alheios. No entanto, a falta de ação é gerada por outros problemas emocionais que as pessoas têm ligados à auto-estima: sentimentos de não-merecimento, sentir-se inferior, ter dificuldade em dizer não, medo de não ser aceito, medo de ser julgado...  

Existe até uma cobrança social para que se reaja de forma emocional a determinados eventos. Já observei pessoas comentando "como fulano pode ficar assim tão tranqüilo diante dessa situação? Parece que não tem sangue correndo nas veias". 

Certa vez, em um momento de tranqüilidade que tive em uma situação tipicamente estressante, uma pessoa que estava super irritada com a mesma situação me disse que ela até gostaria de ficar calma, mas que era muito difícil ficar como eu naquela hora. Nesse momento, o pensamento que me veio foi o contrário. Olhei para a outra pessoa e cheguei a conclusão que o difícil era reagir daquela forma, não aceitando e se estressando com a situação, simplesmente, por que causava um grande sofrimento e não resolvia nada. Só que em outros momentos, eu acabo caindo exatamente no mesmo mecanismo de resistência interior. Por isso é importante a prática. A aceitação é o fácil que a mente distorce e interpreta como sendo algo difícil. 
Desta forma, poderemos  dissolver os sentimentos de não-aceitação, trazendo de volta a paz interior. Quando limpamos as emoções negativas que guardamos, ficamos naturalmente mais positivos e tranqüilos, e a aceitação torna-se algo bem mais automático. A resistência começa a ser vista como o comportamento difícil, e a aceitação passa cada vez mais a ser a o "normal"...
Postado por SONIA GOMES
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