sexta-feira, 10 de junho de 2011

O ENCONTRO DO AMOR COM A ALMA

EROS E PSIQUÊ

Identificado com Eros, o deus grego do amor, o deus romano Cupido encarnava a paixão e o amor em todas as suas manifestações. Segundo a mitologia romana, Cupido era filho de Vênus, a deusa do amor, e de Mercúrio, o mensageiro alado dos deuses. Logo que nasceu, Júpiter, sabedor das perturbações que provocaria, tentou obrigar Vênus a se desfazer dele, e para protegê-lo, a mãe o escondeu num bosque, onde ele se alimentou com leite de animais selvagens.

Cupido era geralmente representado como um menino alado que carregava um arco e um estojo com setas. Os ferimentos provocados pelas setas que atirava despertavam amor ou paixão em suas vítimas. Outras vezes mostravam-no em uma armadura semelhante à que usava Marte, o deus da guerra, talvez para assim sugerir paralelos irônicos entre a guerra e o romance, ou para simbolizar a invencibilidade do amor. Embora fosse algumas vezes apresentado como insensível e descuidado, Cupido era, em geral, tido como benéfico em razão da felicidade que concedia aos casais, mortais ou imortais. No pior dos casos, era considerado malicioso pelas combinações que fazia, situações em que agia orientado por Vênus.

Ignorado por Homero, Eros aparece pela primeira vez na Teogonia de Hesíodo, que o descreve como o mais belo dos imortais, capaz de subjugar corações e triunfar sobre o bom senso. Deus grego do amor e do desejo, Eros encerrava, na mitologia primitiva, significado mais amplo e profundo. Seu poder unia os elementos para fazê-los passar do caos ao cosmos, ou seja, ao mundo organizado. Inicialmente representavam-no como um belo jovem, às vezes alado, que feria os corações dos humanos com setas. Aos poucos, os artistas foram reduzindo sua idade até que, no Período Helenístico, a imagem de Eros é a representação de um menino, modelo que foi mantido no Renascimento

Cupido nos tempos primitivos é considerado um dos grandes princípios do universo e até o mais antigo dos deuses. Representa a força poderosa que faz com que todos os seres sejam atraídos uns pelos outros, e pela qual nascem e se perpetuam todas as raças. A mitologia grega não esclarece quem é seu pai, mas os escultores concordam em lhe dar Vênus por mãe, e é realmente muito natural que Cupido seja filho da beleza. O nascimento de Cupido proporcionou ao pintor francês Lesueur (1617-1655) uma encantadora composição: Vênus sentada nas nuvens está rodeada das três Graças, uma das quais apresenta o gracioso menino. Uma das Horas, que paira no céu, espalha flores sobre o grupo.

Segundo a lenda, Cupido tinha um irmão chamado Antero, que apesar de também figurar na mitologia como símbolo do amor recíproco, seria, na verdade, o deus vingador do amor rejeitado. Sobre seu nascimento conta-se que Vênus, ao se queixar de que seu filho Cupido continuava sempre criança, foi aconselhada a lhe dar um irmão, pois este, ao tirá-lo da solidão, certamente o ajudaria a crescer. E foi, realmente, o que aconteceu, já que após o nascimento de Antero, Cupido começou a se desenvolver e ficar robusto. Tornando-se adulto, ele também acabou sendo dominado pelo amor. O fato é que sua mãe Vênus, sentindo-se enciumada diante da beleza de Psiquê, uma jovem mortal, pediu ao filho que castigasse a moça. Cupido tratou de cumprir sua missão, mas ao constatar que a jovem era de uma formosura sem igual, acabou sendo vitimado pelo próprio veneno e apaixonou-se perdidamente por ela (ilustração). Eles acabaram se casando, mas Psiquê, por ser mortal, não podia olhar o rosto do amado, já que ele era um deus. Diante dessa situação embaraçosa, e após muitos problemas e desencontros vividos pelo casal por conta dessa limitação, os deuses resolveram transformá-la numa deusa, para que marido e mulher pudessem viver seu grande amor eternamente.


Texto Pesquisado e Desenvolvido por:
FERNANDO KITZINGER DANNEMANN
EXTRAÍDO DE: http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/visualizar.php...

publicado por Andrea Cortiano

www.portaldosanjos.ning.com

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