domingo, 11 de abril de 2010

DAI PÃO A QUEM TEM FOME !

Estou velho.
Não gosto dos sem terra. Dizem que isto é ser reacionário,
mas não gosto de vê-los invadindo fazendas, parando estradas, ocupando
linhas de trens, quebrando repartições públicas, tentando parar o
lento progresso do Brasil.


Estou velho..
Não acredito em cotas para negros e índios. Dizem que sou
racista. Mas para mim racista é quem julga negros e índios incapazes
de competir com os brancos em pé de igualdade. Eu acho que a cor da
pele não pode servir de pretexto para discriminar, mas também não
devia ser fonte para privilégios imerecidos, provocando cenas
ridículas de brancos querendo se passar por negros.


Estou muito velho.
Não quero ouvir mais noticias de pessoas morrendo de
dengue. Tapo os ouvidos e fecho os olhos, mas continuo a ouvir e ver.
Não quero saber de crianças sendo arrastadas em carros por bandidos,
ou de uma menininha jogada pela janela em plena flor de idade. Ou de
meninos esquartejaos pelos pais por serem 'levados'...


Meu coração não tem mais força para sentir emoções. Me
sinto mais velho que o Oscar Niemeyer. Ele, velho como é, ainda
acredita em comunismo, coisa que deixou de existir.
Eu não acredito em nada.

Estou cansado de quererem me culpar por não ser pobre, por
ter casa, carro, e outros bens, todos adquiridos com honestidade, por
ser amado por minha mulher e filhos.
Nada mais me comove... Estou bem envelhecido.


E acabo de cometer mais um erro! Descobri que ainda sou
capaz de me comover e de me emocionar. O patriotismo de uma jovem de
Joinville usando a letra do Hino Nacional para mostrar o seu amor pelo
Brasil me comoveu.
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Na cidade de Joinville houve um concurso de redação na
rede municipal de ensino. O título recomendado pela professora foi:
'Dai pão a quem tem fome'. Incrível, mas o primeiro lugar foi conquistado por uma
menina de apenas 14 anos de idade. E ela se inspirou exatamente na
letra de nosso Hino Nacional para redigir um texto, que demonstra que
os brasileiros verde amarelos precisam perceber o verdadeiro sentido de
patriotismo. Leiam o que escreveu essa jovem. É uma demonstração pura de amor
à Pátria e uma lição a tantos brasileiros que já não sabem mais o que é este sentimento cívico.


'Certa noite, ao entrar em minha sala de aula, vi num mapa-mundi, o nosso Brasil chorar: O que houve, meu Brasil brasileiro? Perguntei-lhe!
E ele, espreguiçando-se em seu berço esplêndido,
esparramado e verdejante sobre a América do Sul, respondeu chorando,
com suas lágrimas amazônicas: Estou sofrendo. Vejam o que estão
fazendo comigo... Antes, os meus bosques tinham mais flores e meus seios
mais amores.


Meu povo era heróico e os seus brados retumbantes. O sol
da liberdade era mais fúlgido e brilhava no céu a todo instante.
Onde anda a liberdade, onde estão os braços fortes?
Eu era a Pátria amada, idolatrada. Havia paz no futuro e
glórias no passado. Nenhum filho meu fugia à luta. Eu era a terra
adorada e dos filhos deste solo era a mãe gentil.


Eu era gigante pela própria natureza, que hoje devastam e
queimam, sem nenhum homem de coragem que às margens plácidas de algum
riachinho, tenha a coragem de gritar mais alto para libertar-me desses
novos tiranos que ousam roubar o verde louro de minha flâmula.


Eu, não suportando as chorosas queixas do Brasil, fui para o jardim.
Era noite e pude ver a imagem do Cruzeiro que resplandece
no lábaro que o nosso país ostenta estrelado. Pensei... Conseguiremos
salvar esse país sem braços fortes? Pensei mais... Quem nos devolverá
a grandeza que a Pátria nos traz?


Voltei à sala, mas encontrei o mapa silencioso e mudo,
como uma criança dormindo em seu berço esplêndido.'


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Mesmo que ela seja a ultima brasileira patriota, valeu a
pena viver para ler o texto. Por isso estou enviando para vocês.
Detesto correntes na Internet...mas agora que me tornei um
velho emocionado, vou romper com este hábito.

De alguém que ama muito o Brasil.'



Lú Pastorini

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